Servidores alertam: Campo Novo do Parecis não está dando suporte necessário aos funcionários da saúde

Servidores alertam: Campo Novo do Parecis não está dando suporte necessário aos funcionários da saúde

Nos últimos dias o SSPM tem recebido denúncias de servidores da saúde bastante preocupados quanto ao recebimento inadequado dos equipamentos de proteção individual (EPI´s). Segundo informações, há falta em quantidade e também qualidade.

Não temos máscaras, nós usamos as máscaras que compramos e levamos pra casa para lavar em casa, máscaras caseiras de tecido, no mês de junho nos forneceram apenas 5 máscaras descartáveis para cada funcionário do setor onde trabalho.”
Óculos de proteção vieram 03 para 8 funcionários, protetor facial de péssima qualidade e não é individual.”
As toucas são pequenas , não cabem na nossa cabeça e rasgam facilmente, pois o material ė de segunda linha… nossa insalubridade ė mínima (8%) e estamos atendendo pacientes com Covid.”
O álcool, nem sempre ė 70%, e agora temos que guardar as embalagens, para enviar a farmácia do município, para eles encherem e enviar os vidros de volta; não fizemos testes pra saber se já tivemos contato com o vírus, não recebemos medicação profilática (Ivermectina), não temos borrifadores de álcool, tivemos que trazer de casa.”

E os relatos seguem em diferentes setores da saúde municipal, em comum mesmo, os sentimentos de medo e frustração.

Na semana passada, um dia depois de vir para a consulta, minha paciente me contou que testou positivo pra Covid… Passou da hora! Estávamos esperando eles [prefeitura] fazerem a parte deles! Já estamos em julho… quase 04 meses!

A pandemia de Covid-19 no Brasil teve início em 26 de fevereiro de 2020, após a confirmação de que um homem de 61 anos de São Paulo que retornou da Itália testou positivo para a SARS-CoV-2, causador da Covid-19. Desde então, em 15 de julho de 2020, confirmaram-se 1.926.824 casos, a maior parte deles no estado de São Paulo, causando 74.133 mortes. A transmissão comunitária foi confirmada para todo o território nacional. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a Covid-19 no Brasil até abril de 2020, matou mais do que a H1N1, dengue e sarampo em todo o ano de 2019.

Impacto da pandemia nas unidades de saúde e nos profissionais da área.

Em fevereiro de 2020, estavam registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde, mais de 3 milhões de trabalhadores da Saúde em todo o Brasil. Um parecer técnico elaborado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), aponta que o Brasil poderá apresentar entre 122 mil e 365 mil casos de profissionais da saúde afastados do trabalho por contágio ou adoecimento.

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, classificou a doença como a maior ameaça da história recente para a sociedade brasileira e ressaltou a importância de garantir aos médicos e demais profissionais de saúde o uso de equipamento de proteção individual (EPIs) para o enfrentamento da pandemia no Brasil. O CFM frisa também que os gestores precisam disponibilizar condições de trabalho, higienização e ajudarem na identificação de novos casos e encaminharem para tratamento os suspeitos e confirmados.

Fonte: Conselho Federal de Medicina

SSPM