Condenado por corrupção, Eder é hostilizado por servidores

Condenado por corrupção, Eder é hostilizado por servidores

O ex-secretário de Estado de Fazenda Eder Moraes foi hostilizado por servidores estaduais na manhã desta terça-feira (22), na Assembleia Legislativa.

Condenado a mais de cem anos por corrupção, ele compareceu à audiência pública que debate os projetos do governador Mauro Mendes (DEM) para extinguir a Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI) e a Agência de Fomento de Mato Grosso (Desenvolve MT).

Um vídeo gravado por um dos servidores mostra o momento em que Eder Moraes, que dava entrevista a jornalistas, é acusado pelo vice-presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig), Antonio Wagner, de ser um dos responsáveis pela crise no Estado.

“Esse cara começou a quebrar Mato Grosso, ali na Secretaria de Fazenda. E nós estamos aceitando ele aqui? Batendo palma […] O que nós não podemos aceitar é gente que foi condenada por corrupção estar aqui falando sobre corrupção. Temos que ter brio na cara”, disse o servidor.

Eder finge não ouvir as acusações. No entanto, a 1m40s do vídeo o ex-secretário esbraveja: “Eu paguei seu salário dentro mês”, disse, apontando o dedo para o servidor.

Após dizer isso contra o servidor, Eder é hostilizado e vaiado duramente pelos servidores que ocupam os corredores da Assembleia Legislativa.

Nesta manhã, ele ainda usou a tribuna para falar que é contra o fechamento das empresas públicas. Durante o discurso, Eder também foi vaiado e xingado por servidores: “Ladrão”.

Condenações

Eder Moraes possui condenações que superam os 100 anos de prisão por esquemas no período em que foi secretário de Estado.

Em novembro de 2015, ele foi punido com 69 anos e três meses de reclusão, em regime fechado, por lavagem de dinheiro, falsificação de documentos públicos e outras práticas delituosas.

Em maio de 2017, Eder foi condenado a 10 anos e 8 meses de prisão, por corrupção passiva.

Já em fevereiro do ano passado a Justiça Federal lhe impôs uma condenação de 24 anos e oito meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato (desvio de dinheiro público) em uma das ações penais que responde no âmbito da Operação Ararath.

Além da prisão, foi fixado o pagamento de uma indenização no valor de R$ 28,4 milhões pelos danos causados aos cofres públicos.

Fonte: Mídia News/Cíntia Borges

SSPM