Promotor de justiça menospreza professores em entrevista

Promotor de justiça menospreza professores em entrevista
As declarações do presidente da Associação Mato-Grossense do Ministério Público (AMMP) são referentes à repercussão negativa sobre altos salários de magistrados em Mato Grosso.

O  promotor de Justiça Roberto Turin, justificou que os altos salários pagos a membros do Ministério Público e Poder Judiciário são legais e moralmente aceitos porque tratam-se de profissionais que dedicaram suas vidas às carreiras que desempenham.

Para ele, a comparação  do salário de um promotor de Justiça e de um professor não é justa.

“A pessoa vem e diz que um promotor de Justiça ganha R$ 28 mil enquanto um professor recebe cerca de R$ 2 mil. Realmente, temos privilégios, mas também ônus que outras carreiras não têm. Passamos por enfrentamentos diários. Estamos falando de profissionais caros. Não são baratos. Passaram a vida toda se dedicando à carreira”, afirmou Turin.

Conforme o promotor, ficar analisando qual é o valor que cada profissional recebe é uma maneira de desviar o foco do que realmente importa.

“Não pode haver esse tipo de discurso demagógico e populista. Que qualidade jurídica a população vai ter se um promotor, um juiz, receber R$ 2 mil por mês? Que tipo de Ministério Público nós queremos afinal?”, questiona.

Segundo ele, diminuir o valor dos salários é tornar a carreira menos atrativa e ter profissionais menos qualificados na área jurídica. 

Salários e Auxílios

Recentemente, dados sobre o recebimentos de magistrados mato-grossenses deixaram a população perplexa. Alguns juízes chegaram a receber quase R$ 500 mil em julho deste ano. 

Diante da informação, que ganhou repercussão nacional, o Tribunal de Justiça informou que fez os pagamentos amparado em uma decisão do ministro corregedor, de janeiro deste ano, em que foi autorizado o pagamento de R$ 29.593,08 a uma juíza referente a diferenças de substituição de entrância. 

Porém o CNJ ressaltou que esta decisão é específica e não é extensiva a outros casos, conforme Portaria n. 104 da Corregedoria Nacional de Justiça, que suspendeu o pagamento de verbas do TJMT que ainda são objeto de investigação.

João Otávio de Noronha, corregedor nacional de Justiça, determinou a abertura de pedido de providências para suspender qualquer pagamento de passivos aos magistrados até que os fatos sejam esclarecidos. Os promotores ainda recebem verba anual de R$ 14 mil para comprar livros. 

Promotor de Justiça Roberto Turin
Promotor de Justiça Roberto Turin

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Repórter MT

SSPM