Funcionalismo Público: A bola da vez!

Funcionalismo Público: A bola da vez!

Repudiamos veementemente as medidas anunciadas pelo Governo no último dia 15, que visam reduzir o rombo das contas da União e atingem diretamente os servidores públicos.

Com a alegação de que a máquina pública onera o Estado, o Executivo propôs medidas drásticas, como: congelamento de salários, redução na remuneração inicial do funcionalismo, aumento da alíquota previdenciária, revisão de benefícios, além do adiamento do pagamento das parcelas de reajustes já acordados.

É nítida a intenção do Governo em desvalorizar o serviço público e abrir, de vez, as portas para o mercado financeiro. Usa os servidores como bodes expiatórios para justificar a má administração dos recursos públicos, em contrapartida atua no Congresso Nacional para aprovar medida provisória de perdão de dívidas bilionárias, por meio do novo programa de Refinanciamento, a criação de um fundo para financiamento de campanhas eleitorais e libera bilhões em emendas parlamentares.

Por outro lado, Deputados e Senadores da base governista aproveitam dessas benesses para legislar em causa própria, pois, muitos deles são empresários, grandes agricultores e envolvidos com o mercado financeiro, ou seja, eles só ganham com tudo isso.

Os políticos perderam o pudor, muitos deles são investigados por crimes de corrupção e desvios de verbas públicas e não estão preocupados em manter direitos trabalhistas e a confiança dos cidadãos, aos quais representam.

Em vez de fazer a auditoria da dívida pública, que poderia elucidar a real origem das dificuldades financeiras do Brasil e diminuir significativamente o endividamento da nação, o Governo ataca os servidores por todos os lados. Conquistou junto ao Legislativo a aprovação da reforma trabalhista, que retroage em décadas em relação aos direitos adquiridos, e o projeto de terceirização, que amplia a terceirização de serviços para as atividades-fim. Também trabalha com toda a sua artimanha para aprovar a reforma da Previdência, que propõe, entre outras medidas, endurecer as regras para a aposentadoria dos servidores públicos.

Fonte: Sinasempu

SSPM