Presidente do INSS diz que, sem dinheiro, serviços param até o fim do ano

Presidente do INSS diz que, sem dinheiro, serviços param até o fim do ano

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Leonardo Gadelha, afirmou ao Blog que o dinheiro disponível hoje no caixa do órgão não é suficiente para manter o pleno funcionamento das agências de atendimento a aposentados e pensionistas até o fim do ano. Caso o Ministério do Planejamento não libere mais verbas, o sistema de atendimento do INSS entrará em colapso. “Temos conversado com o Planejamento e eles sinalizaram que haverá descontingenciamento do Orçamento no momento adequado”, disse.

Sem condições de cumprir a meta fiscal deste ano, de deficit de até R$ 139 bilhões, o governo foi obrigado a cortar o Orçamento em R$ 39 bilhões. A tesoura atingiu todo o governo, indiscriminadamente. No caso do INSS, houve redução de 40% dos recursos disponíveis para o funcionamento das agências.

Caso não haja o repasse de recursos extras ao INSS, o horário de atendimento a trabalhadores, aposentados e pensionistas poderá ser reestruturado, em uma primeira tentativa de controlar a situação. Depois, se nada for feito, será anunciado o fechamento de postos menos procurados, remanejando os atendimentos. Numa situação extrema, postos serão fechados.

Leonardo Gadelha, presidente do INSS
Leonardo Gadelha, presidente do INSS

Os problemas orçamentárias do INSS afetam aposentados e pensionistas, que esperam em longas filas para conseguir atendimento. Em Brasília, as pessoas passam mais de duas horas em uma fila apenas para pegar uma senha. Gadelha reconheceu os problemas e disse que é de conhecimento do INSS a realidade dos postos. “Ao longo dos últimos anos, tivemos uma perda significativa de servidores ao mesmo tempo que houve aumento da demanda”, justificou.

De acordo com o presidente do INSS, está sendo testado um modelo digital, no qual a pessoa pode submeter o requerimento de aposentadoria e pensão pela internet. “A expectativa é de que o sistema diminua os custos que temos hoje. Nesse caso, não precisamos de orçamento para expandir o sistema para todo o Brasil, estamos fazendo com o que temos hoje”, afirmou.

Fonte: Correio Braziliense/Blog do Vicente

SSPM